quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Será que você volta?


"Pra ser amor, tinha que ser nós dois."

O sol acabara de nascer, mas a chuva insistia em cair. Meus olhos ficaram embaçados, as lágrimas percorriam todo o meu rosto, não entendia o porquê, mas eu chorava com o céu, ou o céu chorava comigo? Na verdade nunca conseguir compreender bem este paradoxo.
Mas, enquanto eu chorava, sentir todo o meu corpo estremecer, e à medida que ele foi cedendo, me vir cair a beirada da cama. Eu estava sozinha, a beira da cama e em prantos, e não havia para quem ligar. Não havia alguém que atravessaria a cidade, somente para vir me abraçar. Eu estava sozinha, doeu admitir.
O chão estava úmido, levantei-me, e deitei sobre a cama. E então, as lembranças voltaram rasgando meu peito, abrindo as feridas que eu estava tentando cicatrizar. Voltaram para fazer meu peito sangrar outra vez. Meu corpo queimava a cada lembrança que retornava. Minhas lágrimas não cessavam, havia perdido o controle das minhas emoções.
O teu nome volta e meia, estava em minha boca, a tua imagem não saiu da minha memória. Quis sair correndo e ir ao teu encontro, mas não tinha esse direito. Você anda sorrindo, diz está vivendo um outro amor, e eu não quero roubar teu riso. Mas, você não sorrir como antes. Teus olhos já não brilham tanto. Você não olha nos olhos dela. Seus dedos não encaixam nos delas. O teu peito não a acolhe. Você já não sorri depois do beijo. Você não escreve mais poesias, sequer toca seu violão.
Você seguiu outros caminhos, mas, esqueceu tua alma junto com a minha, esqueceu teu corpo no meu. Você esqueceu teu riso encantador, o teu violão, seu caderno, suas canções. Você realmente esquece-os, ou os deixou propositalmente?
Você volta em um dia? Uma semana? Um mês? Eu espero. E quando eu ver-te chegando, meu riso encherá a casa de alegria, colocarei nossa música ao fundo, e irei ao teu encontro. Entrelaçarei nossas mãos, na mais perfeita sincronia. Me aninharei em teu peito, onde caibo perfeitamente. Irei te olhar, e verei novamente você sorrindo para mim. Irei te levar até o nosso jardim, mostrar-lhe o céu, já não chove, o céu está limpo, o sol já brilha.
E então, direi que te amo. Mas, você ainda não vem. Teima em acreditar que ama um outro alguém, mesmo sabendo que o teu amor está tatuado em meu peito, e já não pode pertencer a mais ninguém.
Pra ser amor, tem que ser nós dois. Não esquece!

5 comentários:

  1. Olá minha cara amiga,
    Com satisfação lhe aviso que saiu a programação do 1º Prosas Poéticas; saiba em que dia será feita a sua apresentação.
    Um abraço e até mais!

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  2. Olá minha cara e prezada amiga, bom dia!
    Venho para lhe comunicar que o Prosas Poéticas já está no ar!
    Espero que seja do seu agrado.
    Beijos e até mais...

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  3. Olá prezada amiga, bom dia!
    Com muita satisfação venho lhe comunicar de que sua apresentação no Prosas Poéticas foi ao ar. Espero que goste, lá vai o link:

    http://vendedordeilusao.blogspot.com.br/2012/09/prosas-poeticas-no-2-dia-apresenta_22.html

    Um abraço e até mais!

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  4. Olá!

    Lindo texto!
    O amor quando é verdadeiro, sempre espera!
    Sempre volta!


    Venho pela primeira vez nesse blog através de sua belíssima participação no "Prosa Poética"
    Parabéns pela linda poesia postada lá, enaltecendo nós, sensíveis mulheres!

    Gostei daqui!

    Abraços!

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  5. Sheila, parabéns! Um texto que exprime o amor em forma de poesia.

    Bj

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