sexta-feira, 14 de dezembro de 2012


Porque eu faço das palavras, um Jogo errado. Porque eu te faço de alvo, mas nunca te acerto. Porque eu tento escrever-te, mas não consigo sequer organizar as palavras.
Porque quando eu tento abraçar-te, os meus braços encontram o nada. Quando eu tento te fazer presente, e lembro que a ausência é a única coisa que te faz presente. Quando eu quero olhar-te nos olhos, e lembro que não há ternuras em fotografias.
Quando me lembro do som da sua voz, e me recordo que ela ainda ecoa em meus pensamentos. Quando quero te roubar, e lembro que primeiro preciso encontrar-te. Quando minhas lágrimas denunciam a minha saudade, e não há meio de curá-la.
Quando eu me lembro do seu sorriso, e não encontro outro igual. Quando o seu olhar incendiava a casa toda, e me ensandecia. Quando o teu corpo tremia, e tuas mãos denunciavam o teu nervosismo, e a situação me parecia engraçada.
Quando meus lábios tocavam os seus, e eu sentia meus pés desprenderem do chão. Quando eu te encontrava em sonhos, e eles viravam realidade. Quando vi teu rosto desaparecer no final da rua, e eu não conseguir te alcançar. Quando você se tornou um sonho bom, mas eu me recusava a dormir, porque o pesadelo de ter longe, é maior do que as lembranças que tu deixaste.

Um comentário:

  1. Olá amiga, bom dia!
    Venho, com muita satisfação, lhe comunicar que foi feita hoje a postagem da sua apresentação no 1º Contos e Prosas. Espero que lhe seja do agrado.
    Um abraço e até mais!

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