quinta-feira, 19 de julho de 2012

Abismo de Mim


Sentir meu corpo ceder a medida que as dores e mágoas foram acumulando-se. O peito ardia e rasgava a cada palavra dita. Sentia trêmulas as mãos, as pernas começaram a ceder… comecei a cair.
 As lágrimas começaram a escorrer sob meu rosto, desarmando todos os escudos que eu havia criado. Sentia o sangue ferver em minhas veias; as dores freneticamente pulsando em todo o meu âmago. 
Perdi os sentidos… Quis gritar, mas minha voz já não era ouvida. Quis correr, mas não tinha o auto controle. Meus olhos vidrados no nada empenharam todo o sofrimento que carregava em minh’alma, e as lágrimas não foram capaz de lavá-la.
A escuridão se apossou de todo o meu ser. Não havia vestígios de luz; o labirinto de emoções sugou todas as boas sensações e emoções. Assim como uma cratera, o ‘buraco’ aberto em meu peito só atraía dor […]. E ainda que eu grite, não haverá respostas. Entrei em um labirinto sem saída, me afastei da luz, me perdi, no abismo de mim.

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